quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Novo

Em Villa General Belgrano afastámo-nos pela primeira vez da cidade. Tomámos um pequeno-almoço do qual o único item comprado era o pão. O leite vinha directo da vaca para a mesa, os doces, a manteiga e o iogurte eram caseiros.

Aqui acordei muito cedo (culpa dos sacanas dos patos que decidiram começar o dia debaixo da nossa janela) e já não voltei a dormir. Ouvi barulhos de quinta, escrevi mais um conto infantil (ainda só na cabeça) e tive um sentimento novo. Tive saudades. E seria pouco estranho ter saudades dos meus. Mas não foi deles que eu tive saudades neste momento. Eu tive saudades de todas as pessoas que ainda não conheci, todos os sítios que ainda não visitei, tudo o que ainda não vi. Estava a percorrer mentalmente o nosso percurso até então e fui invadida duma nostalgia imensa, por todas as despedidas que tenho pela frente. Não sei se é a perspectiva do mês em Junin a aproximar-se, se o facto de já sentir a necessidade de desfazer a mala por mais de 2 dias (tanto eu como a I. temos vindo a descobrir que talvez sejamos menos nómadas do que pensávamos)... Tive saudades do futuro.

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