Tenho para mim que uma viagem tem de ser feita de duas formas para ser inteiramente compreendida. Com o corpo e com a alma. O corpo para percorrer caminho, para ir, para contrariar o cansaço e ir espreitar o que está depois da curva na estrada, do outro lado daquela montanha que ainda há pouco aparecia distante no horizonte, para perguntar, para ver, para conhecer. Para ganhar ao horizonte e alargá-lo. A alma, por seu lado, para ter curiosidade, para se aumentar a cada descoberta, preenchendo com novos conteúdos o espaço ganho ao vácuo, com os novos conhecimentos, as pessoas, as recordações, as memórias, as novas imagens. Sempre encontrei esta dualidade nas minhas viagens entre a parte que se alegra por estar lá, onde for, cansada, feliz e a parte que ainda não se apercebeu do que viu e viveu porque relativiza o momento em questão com tudo o que já viveu e ainda espera viver - que no fundo, é para mim a definição de alma, já que é suposto englobar tudo o que fomos, tudo o que fomos sendo e tudo o que somos.
Por vezes tenho dificuldade em ter estas duas partes em sintonia: ou seja que a minha alma reconheça o sítio onde o meu corpo está como único. Por vezes essa sintonia ganha-se em retrospectiva.
Porém, neste caso não tive dúvidas.
Já sabia de antemão que é considerado dos sítios mais incríveis do Mundo, mas nem sempre acredito nessas categorizações. Tenho de ir lá ver! Depois da curva na estrada, ao outro lado da montanha... E fui! E vi! Como também podem ver, ou pelo menos ter uma mísera ideia do que são os lagos da Patagónia. Espero que com isto tenham vontade de cá vir percorrer as vossas curvas na estradas, atravessar as vossas montanhas.
Se é verdade que quando morremos a nossa vida nos passa à frente dos olhos, algumas destas imagens estarão concerteza no lote. Só posso é alegrar-me pelo facto da minha alma o ter apreendido enquanto o meu corpo por lá andava.
AMEI
ResponderEliminarNão há palavras... lindo! Amei
ResponderEliminarNão tenho palavras...que beleza, obrigada meninas por esta lufada de ar fresco, são e puro que me proporcionam dentro desde escritório fechada em quatro paredes e a sonhar viver convosco! BJS IB (acho que conheçem as minhas siglas, não?)
ResponderEliminarQuerida,
ResponderEliminarQue video lindo e que cenários... vejo-vos com um sorriso na cara e penso que isso revela o bem que esses caminhos vos estão a fazer... Joaninha, fica aqui um bjo meu para ambas, sinto saudades tuas e a tua falta!
Até breve NMC
(opto também por siglas, e esta tenho certeza que reconheces!)
Ao 1º comentário:
ResponderEliminarObrigada pela partilha diária que me traz tanto mais significado a esta viagem! Fico muito feliz por conseguir pôr em palavras aquilo que ambas temos sentido por cá, conjugando não só a sintonia de corpo e alma de cada uma, mas também a sintonia entre nós as duas.
À Ju e a IB, muito obrigada pela companhia que nos fazem através deste espaço. Temos saudades!
À NMC (como não reconhecer!!!), são caminhos privilegiados. O bj foi recebido pelas 2 e fica sabendo que tenho muitas saudades da nossa convivência diária e agora me apercebo do quanto ganhei com ela. Ao ponto de, como escrevi no email de despedida, já não poder passar sem ela, pela falta que me faz. Encontraremos, estou segura, uma forma...
Um grande beijinho
Minhas amigas... Só agora é que consegui vir ver o blog com olhos de ver, ando em stress aqui na Noruega! ;-)
ResponderEliminarCheio de INVEJA e só me apetece meter num avião e arrancar!
Quanto a este post, vou me referir obviamente em 1º lugar à excelente escolha musical, que melhor som para a alma? Em 2º, mais uma vez grande texto, J puseste mais uma vez aqui a pensar na vida...
Estamos em contacto por aqui...
Beijão com saudades!
BM
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ResponderEliminarBM e as saudadinhas que tenho? Apanha lá esse avião!
ResponderEliminarJoana Valente "likes" that Francisco Valente "likes" this!
ResponderEliminarOlá Joana!
ResponderEliminarSou amiga da Seco e ando a seguir o vosso blog! Fotos de sonho, sítios brutais, inspiring states of mind. Que inveja!!
Não deixes de escrever e de pôr fotos e vídeos -dão-nos "instantes de viagem".
Beijões
Bagi (Seco babe, do you remember - Bagena??)