sábado, 6 de março de 2010

Bebidas estranhas, mas boas

Suponho que todas as comunidades terão um ritual social como nós temos o café. Ah, e tal "Bora tomar um café." Aqui há o mate. Será sempre uma bebida? Mais do que uma bebida é uma forma de comunicação, de charlar. Bebe-se em chávenas pequenas e, regra geral, com um formato específico (as cuyas), onde se colocam as ervas (quase até ao topo), enche-se com água muito quente mas não fervida (para não queimar as ervas) e bebe-se através da bombilla palhinha. Quando se termina, torna-se a encher de água e passa-se à pessoa ao nosso lado. Só se agradece ao dono do mate quando já não se quer mais. Tem muitos outros sinais e rituais que ainda não aprendi, mas adoro mate. É forte e amargo.

2 comentários:

  1. Brutal! Isso também há no sul do Brasil mas chama-se "Chimarrão", a Daiane, mãe das minhas afilhadas, embora estando cá, mantém esse ritual, sozinha, quando pode, num verdadeiro jogo de saborear o momento e os locais para onde esse gosto, calculo eu, a transporta... eu pessoalmente não gostei nada, e essa "nanha" que fica ali calcada fez-me confusão... eh eh eh... que giro ver-te com uma coisa dessas na mão...
    Bjos NMC

    ResponderEliminar
  2. Alô! Tens razão disseram-me que também existe isto no Brasil... Acredita que quando vires a mãe das tuas afilhadas a bebê-lo, ela está de facto a viajar. Porque este ritual tem muito que se lhe diga, em termos de carga emocional e de partilha e de convite ao convívio. Claro que não gostas da "nhanha" (quem não te conhecesse...). E que me dizes do facto de toda a gente beber da mesma "palhinha"? Suponho que adoras, lololol.
    Bj

    ResponderEliminar